domingo, 2 de novembro de 2008

Feliz 2009 com carga tributária menor


Tradicionalmente, o brasileiro carrega a fama de deixar tudo para a última hora, da simples compra de um presente de aniversário à entrega do imposto de renda.
No meio empresarial, infelizmente, isso às vezes também ocorre, pondo em risco um ano inteiro de trabalho e inúmeras batalhas na guerra eterna do empreendedor contra uma lista recorrente de inimigos que traz no topo uma altíssima carga tributária e a burocracia igualmente em excesso.
Esse lembrete torna-se especialmente oportuno se considerarmos faltarem pouco mais de dois meses para o Ano Novo, época em que é preciso escolher o regime tributário a ser adotado pela empresa no ano-calendário seguinte.
Já é hora, portanto, de planejar, analisar informações, estimar receitas e despesas e, ainda, criar condições favoráveis para uma escolha acertada em janeiro próximo.
Mas antes de optar pelo Simples Nacional, Lucro Real ou Lucro Presumido, o empresário deve analisar todos os dados de sua empresa mês a mês, fazer simulações, comparar números e pesar muito bem os variados aspectos inerentes a cada regime de apuração.
Não existe, é verdade, uma fórmula infalível para garantir rapidamente a escolha mais acertada possível, mas, além dos aspectos particulares dos diferentes negócios -algo que sempre deve ser ponderado-, despontam algumas realidades gerais. Uma delas: sempre é possível pagar menos impostos sem escamotear a realidade ou utilizar planejamentos tributários questionáveis.
Da mesma forma, inegável é que o Simples Nacional, em pouco mais de um ano e meio de vigência, já demonstrou que pode não ser a melhor opção, caindo por terra o pressuposto de que seja a solução mais fácil e barata, sobretudo quando se tem em mente uma empresa prestadora de serviços.
Para evitar adivinhações e improvisos em um momento tão crucial assim, também é básico considerar os prós e os contras de todas as alternativas de enquadramento, sempre verificando fatores como o perfil da empresa, os resultados obtidos no exercício anterior e, ainda, as tendências para o desempenho do negócio e do próprio mercado durante o próximo ano.
Vale lembrar que o conhecimento técnico do assessor contábil é imprescindível nessa hora, pois os profissionais e as empresas da área são especialistas em ajudar o empresário a encontrar o regime menos oneroso dentro das possibilidades previstas na complexa e mutante legislação brasileira.
Portanto, embora para alguns possa soar prematuro, o momento atual é plenamente indicado para se iniciar todo esse processo de reflexão, ainda mais se levarmos em conta o poder que o recesso de fim de ano tem de tornar quase tudo mais lento nos mais diversos setores.
Acredite: vale a pena mudar a escrita de que o brasileiro negligencia seus prazos, sobretudo quando se fala de empreendedores buscando a melhor forma de sobrevivência num verdadeiro mar de impostos e burocracia, uma luta que há quase 60 anos o Sescon-SP vem ajudando a sociedade brasileira a levar adiante.
José Maria C. Alcazar, presidente do SESCON-SP e da AESCON-SP
Fonte: Jornal DCI

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