Em meio a discussões sobre a intenção do governo de aprovar a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) no Congresso, o Fundo Monetário Internacional (FMI) mostrou em relatório divulgado hoje que diretores da instituição defendem a eliminação "gradual" do tributo. A opinião aparece ao lado de outras sugestões para setor financeiro e bancário, feitas pelo Fundo após a análise anual de dados e indicadores brasileiros, finalizada no último dia 30 de julho.De acordo com a instituição, a sugestão visa aprofundar a intermediação financeira, tendo em vista o processo de redução da taxa Selic. Para isso, o Fundo também informa que seus diretores incentivaram o governo brasileiro a promover uma redução, também gradual, do percentual dos depósitos compulsórios, além da diminuição da taxa oficial de remuneração da poupança.Na avaliação do FMI o sistema bancário brasileiro é "saudável" e tem demonstrado adaptação "suave" ao ciclo de baixa da taxa básica de juros no país, mas a instituição recomenda que o aumento da oferta de crédito e dos financiamentos de longo prazo deve ser amparados por " princípios sólidos e prudentes". A prudência também é sugerida pelo FMI na gestão do mercado de capitais brasileiro, que precisa de "supervisão cuidadosa" para amparar o crescimento do país. Com o aumento das opções de financiamento do setor privado, o Fundo também acredita ser viável a diminuição gradual da concessão de empréstimos dirigidos pelos bancos comerciais.Fonte: UOL Economia
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