sábado, 14 de junho de 2008

Não posso concordar com criação de mais impostos", diz ministro sobre CSS

ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Miguel Jorge, posicionou-se nesta quinta-feira (12) contra a criação da CSS. "Como ministro do Desenvolvimento, não posso concordar com a criação de mais impostos", disse Jorge, ao ser questionado sobre a aprovação da "nova CPMF" pela Câmara dos Deputados, na quinta-feira (11).
A 'nova CPMF', que vai direcionar recursos à saúde, pode entrar em vigor em janeiro de 2009. A decisão final caberá ao Senado, onde a CPMF foi derrubada em dezembro.
Em entrevista coletiva à imprensa no Congresso da Indústria 2008, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o ministro disse que o presidente Luis Inácio Lula da Silva pediu a todos ministros que façam um esforço em suas respectivas áreas para contribuir para o controle da inflação. Ele citou explicitamente a preocupação do governo com a alta de preços dos fertilizantes.
Por causa desta preocupação, o ministério, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e outras áreas envolvidas irão traçar uma política específica para o setor. Miguel Jorge disse que os preços dos fertilizantes subiram muito e estão pressionando a alta dos alimentos. "Teremos que tomar medidas, tais como importar mais com menos impostos", adiantou Miguel Jorge.
Concessões de minas Jorge também anunciou que o governo iniciará um processo de revisão das concessões de minas, em especial das que possuem matérias-primas úteis na elaboração de fertilizantes. O ministro , contudo, não ofereceu detalhes a respeito de prazos, nem da estratégia dessas revisões. Ele citou apenas que o setor de produção de fertilizantes vem trazendo problemas para o segmento que necessita dos produtos.
Ele atribuiu a recente alta dos preços à disparada do petróleo no mercado internacional e à menor oferta do produto. "O petróleo subiu mais de 120% nos últimos 12 meses e isso é impressionante", comentou, lembrando que desde o último choque de oferta, em 1979, o barril passou de U$ 7 para U$ 140, atualmente. "Grande parte do problema é isso."
O ministro salientou também que os países produtores começaram a "segurar as vendas" quando constataram que havia uma crise mundial no setor de alimentos. Ele disse ainda que em uma reunião recente com outros ministros houve um consenso de que era necessário "tomar uma ação sobre o setor de fertilizantes".

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