quinta-feira, 19 de junho de 2008

Carga alcança 38,9% do PIB no trimestre trimestre

Estudo divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) aponta que a carga tributária atingiu patamar de 38,90% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano, representando um aumento de 1,87 ponto percentual em relação ao ano passado. De acordo com a pesquisa, o volume, de R$ 258,9 bilhões, gerou o maior índice da carga tributária do primeiro trimestre na comparação com o mesmo período em outros anos. Em 2007, foram R$ 221,75 bilhões. O crescimento nominal da carga foi de 16,75% em relação a 2007 (R$ 221,75 bilhões). Da diferença, de R$ 37,15 bilhões, os tributos federais somam R$ 27,39 bilhões, os estaduais, R$ 8,71 bilhões, e os municipais R$ 1,04 bilhão. De acordo com o IBPT, a arrecadação do Imposto de Renda foi a que mais cresceu, R$ 11,78 bilhões, seguida do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), R$ 7,74 bilhões, e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), R$ 6,53 bilhões. Devido à extinção, a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) teve uma redução de R$ 7,48 bilhões. "Infelizmente, a carga tributária brasileira continua em ritmo acelerado de crescimento", afirmou o presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral. O instituto ressalta, no entanto, que, percentualmente, o tributo que mais cresceu foi o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), com alta de 153,11%. Na seqüência vem o Imposto de Renda, com aumento 32,39%. "A carga tributária cresce mais que o PIB, por causa da técnica de tributação do imposto calculado sobre ele mesmo e do efeito cascata vertical, e mesmo com a queda da CPMF, os tributos federais cresceram substancialmente", afirmou Amaral. Conforme divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o PIB registrou crescimento de 5,8% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo intervalo do ano passado. Nos últimos 12 meses, terminados em março de 2008, segundo o IBPT, o volume tributário somou R$ 960,39 bilhões, o que representou 36,58% do PIB do mesmo período.

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